Fui ter à casinha branca,
Com tempo para pensar.
Queria contar-te o meu sonho
Para que o podesses tambem sonhar.
A água estava fria
E molhava-me a ponta dos dedos
Fazia espuma, e chovia.
Lavou-me o passado e os segredos.
Sentei-me então à porta
No degrau maior, do cantinho,
Ouvi-te chegar de carro.
Senti-te livre, mas não sozinho.
Vinhas de cabeça leve
E os olhos pesados, no chão.
Eram as promessas que tinhamos feito,
Mais o culpa da solidão.
O degrau acolheu-te comigo,
E a casinha quis-te abraçar.
Eu teria ficado contigo
Mas dormi noutro lugar.
Porque a vida não parou
E a noite fez-se mais cedo.
Foi um amor que a tua mão afastou
Numa historia morta pelo medo!
Agora está tudo feito
Já não há mais que pensar.
Eu perdi o senhor do meu peito,
E tu a menina do teu olhar.
Gosto de voltar sempre áquela casa
Pequena, em frente ao mar.
Já nao tem o teu cheiro,
mas há o meu degrau para sonhar..
Enquanto dormes
quarta-feira, 16 de março de 2011
quarta-feira, 9 de março de 2011
Doce
Olho nos fundo dos teus olhos e vejo-me perder a calma. Misturo a tua respiração com a minha e consigo suspirar a tranpiração dos dois. Gosto de sentir a tua pele através da minha boca e das minhas mãos, que de minhas pouco têm quando nas tuas se perdem. Gosto que me apertes no teu colo. Que me contes ao ouvido desejos de fazer corar, e emoções que prendem o meu coração ao teu.
Eu sinto igual a ti. A menina paixão que nasceu sem aviso, já está mais crescida, e espera que a deixemos descobrir o resto...
É urgente fugir do mundo, e esconder-nos das horas. Oferecer-nos devagarinho, com tempo de nos sonharmos.
Aquela entrega que ainda não chegou, torna mais doce ver-te dormir.
Eu sinto igual a ti. A menina paixão que nasceu sem aviso, já está mais crescida, e espera que a deixemos descobrir o resto...
É urgente fugir do mundo, e esconder-nos das horas. Oferecer-nos devagarinho, com tempo de nos sonharmos.
Aquela entrega que ainda não chegou, torna mais doce ver-te dormir.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Há muito que os pés da esperança haviam perdido a força para continuar o caminho, e os ombros dos sonhos já não suportavam o peso da desilusão.
Para tudo há um tempo! O da procura, da luta, e do regresso ao vazio de emoções.
Mas no meio deste caminho ela conheceu uma luz, um calor que passou a acompanhá-la para todo o lado.
Mais tarde reparou que cada vez que fechava os olhos sonhava com aquela luz, e que o tal calor a adormecia todas as noites. Era tudo novo, mas profundamente familiar...
Estranhando o que sentia, parou para ouvir a sua Alma que, vivendo no seu peito, sabia sempre tudo, mesmo aquilo que ela própria não sabia explicar...
Para tudo há um tempo! O da procura, da luta, e do regresso ao vazio de emoções.
Mas no meio deste caminho ela conheceu uma luz, um calor que passou a acompanhá-la para todo o lado.
Mais tarde reparou que cada vez que fechava os olhos sonhava com aquela luz, e que o tal calor a adormecia todas as noites. Era tudo novo, mas profundamente familiar...
Estranhando o que sentia, parou para ouvir a sua Alma que, vivendo no seu peito, sabia sempre tudo, mesmo aquilo que ela própria não sabia explicar...
"- Não é preciso teres medo. Vá, deixa-te ir...
Assim que o abraçares vais ver que tudo faz sentido, se a tua cara tocar a dele ficarás sem folego, e vais querer explicar a magia dos beijos, mas apenas serás capaz de suspirar e sorrir.
Os dias serão longos porque longa parecerá a espera, de tanta saudade daquele calor. E os reencontros roubar-te-ão o chão que pisas, e deixarão em silêncio o mundo à vossa volta. Não estranhes se te doer o coração quando essa luz estiver longe. Os passarinhos que moram agora no teu estomago existem para te lembrar que a luz vai voltar.
O que virá depois não te posso dizer, serás tu a descobrir.
...Eu, tua Alma, já conheço a dele, e adormeçemos em descanso no aperto das vossas mãos."
domingo, 27 de fevereiro de 2011
É uma metade vida, é só metade chão para pisar. É um bolo sem açucar, a acompanhar com um café morno. É encolher os ombros, é perder sem sofrer, é abraçar sem força.
Não estar inteira: É metade amor, numa parte corpo, e outra parte... silêncio!
Tu eras uma parte de mim, e eu fui uma migalhinha tua...
2010
Não estar inteira: É metade amor, numa parte corpo, e outra parte... silêncio!
Tu eras uma parte de mim, e eu fui uma migalhinha tua...
2010
Enquanto te deixas dormir
Sabes, enquanto eu for assim, está tudo bem.
Enquanto eu me perfumar para sair, e voltar tarde para casa. Enquanto o meu sorriso se soltar em gargalhadas despreocupadas, apesar de não estares lá para as ouvires. E eu me divertir toda a noite, todas as noites, aqui e ali, em espaços que não te importa conhecer...
E nos dias em que induzo o sono para parar de chorar, eu guardar em silêncio cá dentro o que me é doloroso e difícil, porque não estás aqui para mim.
Enquanto tudo o que, na realidade, é meu, ficar apenas comigo... Estará tudo bem, PARA TI, sempre!
2010
2010
A pior parte
A pior parte é a noite, a do silêncio, do espaço para pensar. A parte em se desarruma tudo na nossa cabeça, e acordam os monstros que vivem debaixo da cama. Então pensamos em tudo... No que temos para fazer amanhã, no que programámos mas nunca cumprimos, no que está longe de acontecer. Penso sobretudo no que não tenho ao pé de mim, no difícil e por isso valioso, no impossivel e por isso perfeito.
Hoje sinto que não te tenho, parece até que nunca te tive, que sou só minha, como se não tivesses existido. Porque não estás presente, não pelos kilómetros, mas porque raramente o és na minha vida. Não tenho, de todo, vontade de descobrir outros colos para me confortar, apenas percebo que sou só eu neste caminho, e mais nada. Mais ninguém.
Estou calma, sem estar tranquila. Mas durmo bem.
Hoje penso na desilusão que fui entertendo com almoços bem-dispostos e cinemas ao Domingo.
Não quero que só aquele nosso beijo nos prenda, que só a pele nos una. Que o toque, apesar de tão bom, não chegue ao coração.
Tu achas que está tudo bem, que não vai acabar. Eu sinto que nunca chegou a começar.
A noite é dificil...
Passa tudo à nossa frente.
Março 2010
Hoje sinto que não te tenho, parece até que nunca te tive, que sou só minha, como se não tivesses existido. Porque não estás presente, não pelos kilómetros, mas porque raramente o és na minha vida. Não tenho, de todo, vontade de descobrir outros colos para me confortar, apenas percebo que sou só eu neste caminho, e mais nada. Mais ninguém.
Estou calma, sem estar tranquila. Mas durmo bem.
Hoje penso na desilusão que fui entertendo com almoços bem-dispostos e cinemas ao Domingo.
Não quero que só aquele nosso beijo nos prenda, que só a pele nos una. Que o toque, apesar de tão bom, não chegue ao coração.
Tu achas que está tudo bem, que não vai acabar. Eu sinto que nunca chegou a começar.
A noite é dificil...
Passa tudo à nossa frente.
Março 2010
Há uma parte de ti que te diz que não vale a pena, que estás sozinha na corrida, e que no final a meta não te fará sentir vencedora.
Há uma parte, em ti, que se cansou de esperar, porque só o sonho não chega, e só tu queres acreditar.
Há dias, como o de hoje, que te sentes apenas uma parte de alguém e não a sua metade.
Mas não mudas as coisas... o tal Todo em pequenas Partes... e deixas-te estar.
Então não te lamentes baixinho, nem tenhas pena de ti próprio! Não aceites pedaços de atenção em horas mortas, não fiques calado apenas porque não te sabem ouvir.
Não te tornes no pouco que vêm, em vez do tanto que és!
Outubro 2010
Há uma parte, em ti, que se cansou de esperar, porque só o sonho não chega, e só tu queres acreditar.
Há dias, como o de hoje, que te sentes apenas uma parte de alguém e não a sua metade.
Mas não mudas as coisas... o tal Todo em pequenas Partes... e deixas-te estar.
Então não te lamentes baixinho, nem tenhas pena de ti próprio! Não aceites pedaços de atenção em horas mortas, não fiques calado apenas porque não te sabem ouvir.
Não te tornes no pouco que vêm, em vez do tanto que és!
Outubro 2010
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