segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Não me chateia

Há dias em que quero escrever mas não consigo. Às vezes levanto-me a meio da noite cheia de ideias, mas não consigo tranformá-las em frases.
Hoje, o que me fez abrir o caderno às 4h30 da madrugada foi a inquietação que a pequenez de certas pessoas me causa.
Gente que não pára para reflectir antes de apontar críticas, gente que vomita morangos com açúcar e ideias mal fundamentadas.
Como aquelas pessoas que decoram textos de alguém famoso e usa como argumento.
Não me chateia (depende dos dias) o limite de raciocínio da aldeia social que me rodeia porque eu sei o meu lugar e o meu espaço mantém-se protegido.
Mas hoje, acordei a meio da noite, e lembrei-me das definições que me são aplicadas, e até dos adjectivos subentendidos que se vão descobrindo com o desenrolar das conversas. Faz-me rir, de facto! A minha tranquilidade e auto-paixão assim o permitem. Aprendi que a M pintada por algumas pessoas, a dada altura, não pode começar a fazer sentido acima de tudo para mim.
Por vezes, de tanto nos apercebermos e ouvirmos repetidamente que temos uma determinada personalidade, começamos nós próprios a deixar-nos convencer também disso. Começamos a acreditar que as nossas atitudes são erradas, e que qualquer característica que nos diferencie dos outros são apenas defeitos.
Penso que no presente é diferente, esse tipo de crítica não me toca.
Tenho pena do tempo que se desperdiça a fazer juízos de valor e a elaborar teorias sobre atitudes que nos são alheias.

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