domingo, 25 de abril de 2010

Esquina de rua

"Tinhas o corpo cansado
E a cidade era tão fria.
Ninguém dormia a teu lado,
Ninguém sabia que amado
O teu corpo se acendia.


Andavas devagarinho
Pelas ruas de Lisboa
Em busca de algum carinho
Que fosse pão e vinho,
E te desse noite boa.


Eras triste e sorrias,
E mais nova se choravas
As palavras que dizias.
Tinhas dores e alegrias,
Mas só ternura deixavas.


Por ti não houve ninguém
Para quem te desses nua.
Podias ter sido mãe,
Podias ter sido alguém,
Mas foste esquina de rua."

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