segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Há muito que os pés da esperança haviam perdido a força para continuar o caminho, e os ombros dos sonhos já não suportavam o peso da desilusão.
Para tudo há um tempo! O da procura, da luta, e do regresso ao vazio de emoções.

Mas no meio deste caminho ela conheceu uma luz, um calor que passou a acompanhá-la para todo o lado.
Mais tarde reparou que cada vez que fechava os olhos sonhava com aquela luz, e que o tal calor a adormecia todas as noites. Era tudo novo, mas profundamente familiar...
Estranhando o que sentia, parou para ouvir a sua Alma que, vivendo no seu peito, sabia sempre tudo, mesmo aquilo que ela própria não sabia explicar...

"- Não é preciso teres medo. Vá, deixa-te ir...
   Assim que o abraçares vais ver que tudo faz sentido, se a tua cara tocar a dele ficarás sem folego, e vais querer explicar a magia dos beijos, mas apenas serás capaz de suspirar e sorrir.
     Os dias serão longos porque longa parecerá a espera, de tanta saudade daquele calor. E os reencontros roubar-te-ão o chão que pisas, e deixarão em silêncio o mundo à vossa volta. Não estranhes se te doer o coração quando essa luz estiver longe. Os passarinhos que moram agora no teu estomago existem para te lembrar que a luz vai voltar.
  O que virá depois não te posso dizer, serás tu a descobrir.


   ...Eu, tua Alma, já conheço a dele, e adormeçemos em descanso no aperto das vossas mãos."

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