segunda-feira, 13 de julho de 2009

Depois de amar-te a ti

Sonhei que te esquecia, que te arrumava quieto e mudo, que não eras presente em mim, nem no meu espirito.
Sonhei que já não chamava por ti, que todo o resto era suficiente, que me dava alegria e alento.
Sonhei (...), que tocava outra vez as estrelas, que os pirilampos me abençoavam as noites, e que eu podia voar sem as tuas asas.
Tardes encantadas, madrugadas longas. Momentos breves de tão perfeitos, e que eu já tinha esquecido.
Castelos de cartas afinal. Bem-estar que parece que não mereço, porque tarda em permanecer meu.
Afinal não te esqueci (...)
Afinal não é possivel apagar-te quando ainda nenhuma alma me tocou como a tua. Não consigo, e não quero talvez.
Penso em ti ainda, na nossa Lua encantada, e no teu assobio quando entras em casa.
E enquanto espero moldo a minha vida, aperfeiçoo-me- Será que o suficiente para voltares?
Não é possivel amar ninguem depois de amar-te a ti. Os olhos não se enchem de lágrimas na ausência, e as borboletas não voam no estômago pela alegria.
Os medos que transporto comigo, a escoridão e os abismos que por vezes não suporto, só em ti terminam. E apenas ao teu lado sorrio com todos os sentidos. Só no teu abraço cabe todo o meu corpo, que entreguei pela primeira vez.
Não minto que duvidei, que ousei dizer que te esqueci... mas não seria possivel.
Esquecer-te significa perder metade de mim. Tão agonizante como nunca mais adormecer.
Esquecer-te é morrer e ter de andar por aqui...

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