terça-feira, 14 de julho de 2009

Noites em que não durmo

Adoro as noites em que não durmo, em que saio para a rua ver passar gente, e o próprio tédio passar-me ao lado.
Gosto sobretudo quando me visto bem, assumo personagens, me aprumo e me sinto gira. Noites em que encanto quando sorrio, quando danço, e finjo estar abstraída do mundo.
Na verdade estou a espantar a solidão, a deixá-la para mais tarde. Estou a roubar importância ao que me corrói se ficar em casa... na minha casa. Montanha gélida de vendavais, árvore despida, sem braços para me aquecer. Trago gente para as minhas noites sozinhas, que em vez de tristes, se tornam eufóricas e tão fugazes. E adiu o que sinto hoje irremediávelmente.

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